Transhumanismo - Singularidade - Engenharia do Paraíso - Aprimoramento Cognitivo - Superlongevidade - Superfelicidade...
Dicionário Houaiss:
fabuloso Datação: 1532 n adjetivo
5 que (por suas dimensões) ultrapassa a imaginação
6 Derivação: por metáfora.
que, sendo real, parece imaginário
7 Derivação: por extensão de sentido.
que tem caráter admirável; incrível
8 que não é bem conhecido; indistinto, obscuro
9 Regionalismo: Brasil.
que é tido como ótimo; excelente, fantástico
Como as pessoas se comportariam se pudéssemos viver séculos? Morreríamos de tédio? Viveríamos só pelos prazeres sensuais e adrenalina? Aprenderíamos a nos comportar bem? Destruiríamos tudo na tentativa de encontrar significado? A vida se tornaria um inferno? Um paraíso? Procuraríamos florescer?
Ninguém sabe e será preciso experimentar para ver no que dá.
Mas você pode fazer um divertido experimento mental assistindo o filme "Feitiço do Tempo" (Groundhog Day Trailer - 1993). Recomendo.
Estava na locadora e, por absoluta falta de opção, acabei escolhendo o filme "A Marcha dos Pinguins". Até me surpreendi ao ver que o filme havia sido premiado. "O que um filme sobre pinguins pode acrescentar à vida de alguém?" -- pensei.
O filme me surpreendeu. E me levou a perguntar: por que o filme "A Marcha dos Pinguins" é tão bonito? Por que a história dessas aves bípedes desengonçadas chega a ser comovente?
É porque essa marcha não é dos pinguins. É a marcha de todos os animais sencientes, que lutam para sobreviver. É, portanto, também a marcha dos seres humanos.
A incrível jornada dos seres senscientes para produzir mais vida.
A marcha dos humanos têm uma vantagem e uma desvantagem em relação a marcha dos pinguins. A desvantagem é que os seres humanos, exceto quando estão bem anestesiados pela religião, temos consciência da morte e da própria decadência, o que gera ansiedade e questionamento pelo sentida da vida em razão da própria mortalidade.
A vantagem dos seres humanos é possuímos cultura (incluindo aí ciência e tecnologia) e, a cada geração, a marcha dos humanos é um pouquinho diferente. E chegará um momento em que os seres humanos redesenharão completamente a própria marcha, procurando se libertar de todos (ou atenuando-os) os aspectos da condição animal que geram sofrimento e ansiedade. Talvez seja esse o destino da evolução: a matéria produz vida, a vida torna-se inteligente e consciente da própria condição. Para não sucumbir à tristeza e ansiedade, a vida inteligente imagina paraísos (religião) e, gradualmente, se move para tentar alterar o meio ambiente e sua própria condição para aproximá-los de suas fantasias e libertar-se dos limites arbitrários e cegos impostos pela evolução. Como pontuou Richard Dawkins: "É muito plausível que no universo existam criaturas semelhantes a deuses. É muito importante entender que esses deuses foram feitos por um explicável progresso científico de evolução incremental."