Mostrando postagens com marcador filmes. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador filmes. Mostrar todas as postagens

sábado, 31 de dezembro de 2011

Lições morais de um homem que não morria



Como as pessoas se comportariam se pudéssemos viver séculos? Morreríamos de tédio? Viveríamos só pelos prazeres sensuais e adrenalina? Aprenderíamos a nos comportar bem? Destruiríamos tudo na tentativa de encontrar significado? A vida se tornaria um inferno? Um paraíso? Procuraríamos florescer?

Ninguém sabe e será preciso experimentar para ver no que dá.

Mas você pode fazer um divertido experimento mental assistindo o filme "Feitiço do Tempo" (Groundhog Day Trailer - 1993). Recomendo.

O que a "Marcha dos Pinguins" tem a ver com a gente?


Estava na locadora e, por absoluta falta de opção, acabei escolhendo o filme "A Marcha dos Pinguins". Até me surpreendi ao ver que o filme havia sido premiado. "O que um filme sobre pinguins pode acrescentar à vida de alguém?" -- pensei.

O filme me surpreendeu. E me levou a perguntar: por que o filme "A Marcha dos Pinguins" é tão bonito? Por que a história dessas aves bípedes desengonçadas chega a ser comovente?

É porque essa marcha não é dos pinguins. É a marcha de todos os animais sencientes, que lutam para sobreviver. É, portanto, também a marcha dos seres humanos.

A incrível jornada dos seres senscientes para produzir mais vida.
A marcha dos humanos têm uma vantagem e uma desvantagem em relação a marcha dos pinguins. A desvantagem é que os seres humanos, exceto quando estão bem anestesiados pela religião, temos consciência da morte e da própria decadência, o que gera ansiedade e questionamento pelo sentida da vida em razão da própria mortalidade.

A vantagem dos seres humanos é possuímos cultura (incluindo aí ciência e tecnologia) e, a cada geração, a marcha dos humanos é um pouquinho diferente. E chegará um momento em que os seres humanos redesenharão completamente a própria marcha, procurando se libertar de todos (ou atenuando-os) os aspectos da condição animal que geram sofrimento e ansiedade. Talvez seja esse o destino da evolução: a matéria produz vida, a vida torna-se inteligente e consciente da própria condição. Para não sucumbir à tristeza e ansiedade, a vida inteligente imagina paraísos (religião) e, gradualmente, se move para tentar alterar o meio ambiente e sua própria condição para aproximá-los de suas fantasias e libertar-se dos limites arbitrários e cegos impostos pela evolução. Como pontuou Richard Dawkins: "É muito plausível que no universo existam criaturas semelhantes a deuses. É muito importante entender que esses deuses foram feitos por um explicável progresso científico de evolução incremental."

Vale a pena conferir este filme.